Os portugueses são os segundos da União Europeia (UE) que revelaram ter mais dificuldades no acesso a tratamentos não Covid. A conclusão é de um inquérito realizado pelo Eurofound.
Segundo a pesquisa, cerca de 34,2% dos cidadãos de Portugal (mais de três em cada dez) disse ter precisado de um exame médico ou tratamento, que acabou por não receber, com a pandemia a ser o principal motivo para esta situação, atrasando consultas e cirurgias muitas vezes essenciais.
À frente de Portugal (e não por muito) está apenas a Hungria, onde 35,2% dos seus cidadãos admite sentir a mesma dificuldade no acesso a consultas e tratamentos de outras doenças, motivada pela crise de saúde pública da Covid-19.
Questionados sobre porque motivo esses atrasos aconteciam, 51,5% dos portugueses apontaram o facto de “a marcação ou o tratamento” não estarem “disponíveis devido à pandemia”, o que apesar de ser um número expressivo, é menor do que o anterior registado em 2020, altura em que 75,8% das pessoas as tinham referido esta justificação.
Os polacos foram os que mais mencionaram este motivo como justificação para o atraso nos tratamentos e consultas (75,8%), seguidos pelos cidadãos da Lituânia (71,9%) e da Alemanha (60%).
O estudo mostra ainda outras razões apontadas para o atraso no acesso a este tipo de tratamentos. A segunda mais apontada pelos portugueses foi o medo de contrair Covid-19, referido por 27% dos inquiridos. Seguem-se as longas listas de espera, com 26% dos cidadãos nacionais a mencionar essa razão.
Há também 22,8% dos portugueses a apontar a falta de recursos financeiros e 8,9% a referir que não o fizeram porque não tinham tempo livre para tal. Há ainda 7% que mencionou como justificação a falta de meios de transporte, pelos locais onde deviam ser feitos os tratamentos estarem muito longe.
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Fonte (multinews.sapo):