Diminuir os problemas de saúde no trabalhador é sinónimo de aumento de produtividade na empresa. Pratique essa ideia.
Muito se tem falado em Ginástica Laboral para as organizações.
Mas afinal o que é Ginástica Laboral? Ela realmente traz benefícios para os colaboradores?
A Ginástica Laboral tem como objetivo manter a saúde dos colaboradores de uma organização, através de exercícios físicos de relaxamento muscular.
Os mesmos são voltados para as atividades exercidas e devem ser realizados durante o expediente de trabalho. Sua duração pode ser de 10 minutos, no mínimo duas vezes na semana.
Ginástica Laboral é da competência de Profissionais de Educação Física, que devem orientar os exercícios, para que resultados sejam alcançados, como exemplo o baixo índice de afastamento ou doenças ocupacionais.
Os benefícios de correção postural estimulam as boas práticas de saúde, integração no meio ambiente, flexibilidade articular, diminuição de acidentes de trabalho, trabalho em equipe, são percebidos em longo prazo, se a participação for frequente.
Existem inúmeras vantagens para se praticar a ginástica laboral, entre elas podemos citar que evita o sedentarismo dos colaboradores e os incentiva em dar continuidade às atividades no seu lar, como na forma de dormir, sentar-se, mudança de móveis, carregar sacolas e bolsas, entre outras rotinas domésticas.
O stress, sintoma que tem afetado os funcionários da empresa cada dia com mais frequência, devido nosso mercado competitivo, pode ser diminuído com a ginástica laboral, momento em que os funcionários fazem um intervalo e interagem entre si, melhorando a performance do profissional e sua produtividade.
O esforço repetitivo (LER) pode ser atenuado com as práticas desses alongamentos e relaxamentos musculares.
Outro fator muito importante também para o empregador é o absentismo que diminui entre os empregados, devido os benefícios da ginástica laboral.
Apesar de todas essas vantagens, ainda existe muita resistência dos empregados em participar desse programa, alguns devido à sua personalidade de timidez, outros por não acreditar nas vantagens, alguns por não serem liberados pelos seus dirigentes imediatos, e assim cada um vai evitando como pode.
A área de Segurança e Medicina do Trabalho deve, como sempre, fazer seu papel educativo e não desistir frente aos obstáculos.
Os profissionais do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho da organização precisa sempre orientar os colaboradores dos benefícios da Ginástica Laboral, motivando-os na participação do programa. Esse programa promove a interação, relacionamento social, trabalho em equipe e desconcentração entre os diversos setores.
Segundo João Ricardo Gabriel de Oliveira (2002) – Educador Físico constatou-se que na população em geral, 68,18% dos funcionários repassam o que aprenderam nas atividades físicas para familiares e amigos.
Cynthia Zilli (2002) – Fisioterapeuta e Ergonomista do Trabalho, afirma ser positiva a relação dos benefícios aos físicos que a Ginástica Laboral traz.
Podemos notar que há uma melhora significativa da auto-estima, auto-imagem, flexibilidade, ritmo, coordenação, ritmo, agilidade entre outros.
Diminuir os problemas de saúde do trabalhador é sinónimo de aumento de produtividade na empresa. Segundo Polleto e Amaral (2004), é que vale a pena praticar exercícios físicos regularmente, em virtude dos benefícios comprovados cientificamente.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos indicam que, para cada dólar investido em programas de qualidade de vida, são economizados três dólares, incluindo assistência médica, absentismo, turnover, além do aumento de produtividade OLIVEIRA (2007). Segundo FERREIRA (1998), exemplifica: na Du Ponte do Brasil, para cada dólar investido no programa, a empresa economiza U$$ 4.00 com redução do número de licenças e despesas médicas, além de relatar um aumento da produtividade
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Concordo que a ginástica laboral pode contribuir para a prevenção de lesões músculo-esqueléticas e de problemas a nível psicossocial. No entanto, não é uma receita milagrosa e não deve ser encarada (como está a ser) como solução única. Se um trabalhador de 1,80 m de altura trabalha num posto concebido a pensar num trabalhador de 1,5 m, podemos colocá-lo a fazer ginástica laboral à vontade, mas a verdade é que a probabilidade de desenvolver uma LME continua elevada pois o posto de trabalho não está adequado a esse trabalhador e embora ele faça agora pausas frequentes para alongar etc., não deixa de ser verdade que 90% do seu tempo de trabalho é passado em condições inadequadas.
Nesse caso, a meu ver, a ginástica laboral só vai dar resistência ao trabalhador mas o risco de LME continua lá… Agora se existir uma modificação do posto de trabalho de forma a ficar adequado a esse trabalhador e realizarem ginástica laboral…aí sim teremos resultados!