“Mulheres em tempos de Covid-19” é o tema do inquérito Eurobarómetro, encomendado pelo Parlamento Europeu para assinalar o Dia Internacional da Mulher.
Realizado entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro, este estudo abrangeu um total de 26.741 mulheres, tendo sido inquiridas 1001 portuguesas, com o intuito de avaliar o impacto da pandemia em vários aspetos das suas vidas.
Os resultados do inquérito mostram que a pandemia trouxe consequências significativas, tanto a nível pessoal como profissional. De acordo com 44% das mulheres europeias, a pandemia afetou negativamente o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Em Portugal (52%), os resultados ultrapassam a média europeia.
Quando questionadas sobre quais as questões relacionadas com o género que gostariam que o Parlamento Europeu abordasse como prioridade, a maioria das mulheres europeias mencionou “tráfico e exploração sexual de mulheres e crianças” (47%), “violência mental e física contra as mulheres” (47%) e “disparidade salarial entre mulheres e homens e o seu impacto no desenvolvimento da carreira” (41%). Olhando para estas variáveis a nível nacional, 55% das portuguesas referiu a disparidade salarial entre homens e mulheres.
O inquérito revelou ainda resultados preocupantes ao nível da violência contra as mulheres e da saúde mental. Três em cada quatro mulheres europeias (77%) consideram que a pandemia contribuiu para um aumento da violência física e emocional contra as mulheres. Em todos os países, com exceção da Finlândia e da Hungria, o resultado é superior a 50%, tendo atingido 93% na Grécia e 90% em Portugal.
Relativamente à saúde mental, 45% das portuguesas revelaram que o confinamento e as medidas de recolher obrigatório tiveram um impacto negativo, assim como a maioria das inquiridas a nível europeu (41%).
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Fonte (ACT):
