PREVENÇÃO – o melhor caminho para a MOTIVAÇÃO no TRABALHO

Quando falamos de prevenção no trabalho estamos implicitamente a abordar a ferramenta por excelência na antecipação de cenários perigosos, ferramenta essa que deverá estar enquadrada na gestão da organização e consequentemente no clima organizacional percecionado por todos os trabalhadores e partes interessadas, por forma a evitar situações constrangedoras que promovam acontecimentos perigosos, incidentes críticos e em última instância do surgimento de acidentes no local de trabalho.

Podemos então caracterizar a prevenção como um fator motivacional inerente à vivência de cada indivíduo, seja na sua vida social e familiar, seja como aqui retratamos, na valência socioprofissional, praticando-a e promovendo-a nos seus comportamentos diários, quer a nível da sua esfera de trabalho na execução de determinada função e/ou tarefa, quer inserida no grupo de trabalho e em geral no meio organizacional onde está inserido. Diríamos que a prevenção por outro lado está intimamente ligada à atitude do indivíduo fazendo parte integrante da sua personalidade assim como outros vetores psicológicos, fisiológicos e biológicos numa dimensão holística do ser como um todo.

É na socialização primária que ela deve progressivamente ser instituída, nas regras mais simples do dia-a-dia sendo posteriormente reforçada com a aprendizagem e a formação por forma a saber acautelar-se nas várias etapas do seu desempenho a todos os níveis com ênfase naquele que poderá ser marcante – o nível profissional.

Podemos então destacar entre muitos outros fatores motivacionais os seguintes:

  • Cultura organizacional instituída (valores, normas, práticas e rituais existentes no seio de determinada organização e que diferem das outras);
  • O clima organizacional percecionado por todos;
  • O estilo de gestão praticada na organização;
  • As condições de segurança e higiene no local de trabalho;
  • Realização socioprofissional do indivíduo;
  • A interação do grupo de trabalho;
  • O sistema promocional existente, como é aplicado, com que critérios;
  • A Assunção de tarefas com mais responsabilidade e complexidade;
  • O enriquecimento da função;
  • A rotatividade das tarefas e polivalência funcional, entre outras.

De seguida apresentamos um modelo que cruza determinadas variáveis que nos ajudam a caracterizar a correlação entre os fatores externos/internos e a motivação na melhoria do desempenho e na satisfação do indivíduo na organização:

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“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho”
Dalai Lama

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António Costa Tavares

António Costa Tavares

Técnico Superior de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Docente, formador e consultor em matéria de SST e Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho Quadro da Câmara Municipal de Cascais Membro da Comissão de Trabalhadores da CMC

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