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No rescaldo do 6º Fórum Anual de Inovação Sustentável que decorreu aos 7 e 8 de dezembro de 2015 em Paris voltaram-se a alinhar agulhas em direção à nossa permanência no planeta. “Habemus” vontade?
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Mitigação
A sustentação do impulso das nossas nefastas ações em relação à deterioração do estado do ambiente terá de ser feita por ações de mitigação – propósito de redução das emissões de gases de efeito de estufa – através da implementação de i.e., instrumentos legais como o PNAC (Plano Nacional para as Alterações Climáticas 2013-2020, Fundo Português de Carbono ou o Roteiro Nacional de Baixo Carbono) para o caso Português. No caso internacional o primeiro passo será o de exortar os países não aderentes ao Tratado de Quioto a que o façam.
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Adaptação
Ocorre por ajustamentos para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a nossa resiliência à ocorrência de fenómenos climáticos. A adaptação envolve mudanças nos processos ambientais e sociais e é envolta em duas grandes matrizes: os constrangimentos à adaptação e as oportunidades que surgem.
De todos os constrangimentos (tecnológicos, financeiros, …) destaco as barreiras sociocognitivas. É notório de que os impactes sociais associados às alterações climáticas serão maioritariamente determinados pelo modo como as alterações afetem a economia. Um aumento na frequência de ocorrência de eventos climáticos extremos (i.e., furacões) fica certamente associado a elevados custos em termos de perdas económicas, capital humano e perturbações na vida dos que sobrevivem. O caso do encerramento de 2100 fábricas em Pequim devido a elevados níveis de poluição atmosférica, no início de Dezembro, é um de muitos exemplos das catastróficas consequências socioeconómicas que em breve os visados começarão a sentir.
No entanto existe um problema, que aos poucos vai sendo limado e aperfeiçoado à medida que este tipo de fenómenos naturais de índole negativa ocorrem, e esse é o mindware. As perceções da nossa vulnerabilidade e capacidade de adaptação são importantes. De acordo com Satterfield et al., 2004, aqueles que se percecionam como estando vulneráveis a riscos ambientais são os mesmos que estão cientes dos riscos de todos os tipos de perigos ambientais.
As oportunidades de sobrevivência (porque é disso que se trata, sobrevivência) socioeconómica surgem para aqueles que – munidos de conhecimento, complementado com motivação e capacidades para a adaptação – estão atentos ao que os rodeia.
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HSE e adaptação às alterações climáticas
Nesse sentido e visando a nossa adaptação, importa focar o espaço onde – aqueles que podem considerar-se afortunados por terem um – se passa a maior do tempo: o local de trabalho. Alterações climáticas podem potenciar perigos ocupacionais já existentes e também criar novos. Os impactes para os trabalhadores, que derivem das alterações climáticas, incluem efeitos como: aumento da temperatura ambiente, poluição atmosférica ou eventos meteorológicos extremos.
Trabalhadores em cenário outdoor expostos à temperatura ambiente (i.e., construção, agricultura, …) com difícil acesso a sombras ou água têm um risco maior de sofrer de stress cardíaco potenciado pelo stress térmico. A juntar a isto, os índices de produtividade também tendem a baixar em condições de temperaturas elevadas, pelo facto de o tempo de pausa ter de ser ajustado às condições atmosféricas.
O saber controlar e gerir os riscos ocupacionais associados a estes perigos, faz do profissional em HSE, alguém altamente valioso para aquilo que é a Saúde Pública, uma vez que se foca na monitorização da exposição às condições ambientais, desenvolvendo em simultâneo, estratégias de gestão de risco que potenciem uma fácil adaptação às alterações climáticas.
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A mudança para Green Jobs
De acordo com os US Bureau Labor Statistics, Green Jobs são aqueles envolvidos na produção de produtos e serviços que aumentem o uso de fontes de energias renováveis.
Ao longo das últimas décadas vários estudos investigaram o elo de ligação entre o ambiente, o uso eficiente de recursos e a criação de emprego, i.e., “Study on competitiveneness of the EU eco-industry”, sendo uma das principais razões para o investimento em tecnologias “ environmentally friendly” a criação de uma vantagem comparativa. O uso eficiente de recursos mantem os custos em baixo e permite à empresa manter a sua competitividade no mercado.
De uma perspetiva global o uso eficiente de recursos tem vindo a ganhar uma importância estratégica. A escassez e a dependência de recursos constituem-se como uma ameaça à capacidade competitiva de empresas e países, justificado pelo facto de existir uma correlação positiva entre o uso eficiente de recursos e a capacidade competitiva.
Face a esta realidade, urge a implementação de redes inteligentes de tecnologia permitindo aos “users” a redução dos consumos em resposta às necessidades e preços de mercado. O denominado “negawatt” está em muitos pontos perto de se tornar um recurso valioso, apresentando-se como uma solução focada no uso eficiente de recursos, isto porque, não existe kWh de energia mais limpo, mais sustentável e economicamente benéfico, do que aquele que é evitado ser gerado!
Na iNLS – Boost Your HSE Career a atenção permanente a estes cenários de sustentabilidade é uma realidade que se reflete na nossa oferta de serviços focados na valorização profissional, nos âmbitos da gestão com sustentabilidade ambiental. O IEMA – Certified Associate Certificate in Environmental Management é um produto que habilita o individuo a tornar-se ferramenta valiosa para empresas de “green thinking”. A ser divulgado brevemente em português, pela iNLS – Boost Your HSE Career, o IEMA – Certified Associate Certificate in Environmental Management será pioneiro em Portugal na potenciação de profissionais que tenham por base a língua de Camões! Plante hoje, para colher mais tarde!
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Bibliografia:
- www.cdc.gov
- www.worldbank.org
- ec.europa.eu
- www.jstage.jst.go.jp
- www.apambiente.pt
- www.cop21.gouv.fr
- www.ipcc.ch
- Evolução de surtos associados à Segurança Alimentar em Portugal - 20 Janeiro, 2016
- COP 21 Sustainable Innovation Forum – Em direção à mudança de paradigma sócio-económico - 5 Janeiro, 2016
- Fairtrade na HSE – Encurtando o “social gap” entre civilizações - 27 Outubro, 2015